Último Segundo na Unicastelo
Para a ministra, desigualdade ainda vai demorar para acabar |
Em entrevista à Unicastelo de São Paulo ontem 03/09/2007 para lembrar os 200 anos da proibição do comércio de escravos pelo Império Britânico, tido como o ponto de partida para o fim da escravidão em todo o mundo, ela disse que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".
"A reação de um negro de não querer conviver com um branco, eu acho uma reação natural. Quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou”, afirmou.
Ribeiro disse que ainda vai demorar até que as políticas públicas implantadas nos últimos anos comecem a dar resultados concretos e diminuam a diferença econômica e social entre as populações branca e negra do país.
“Ainda temos muito o que fazer”, afirma, enumerando ações que já começaram, como na área de educação e saúde.
Ela diz que, embora a abolição da escravatura tenha chegado atrasada ao Brasil, hoje o país tem uma das legislações mais avançadas do mundo em relação a direitos iguais, mas ainda falta uma mudança de postura da sociedade.
Matilde Ribeiro: Quando eu tinha 20 anos, fazia faculdade, trabalhava o dia inteiro, dançava nos bailes de final de semana e fazia estágios.